
Em um cenário corporativo cada vez mais dinâmico, a saúde mental dos colaboradores se consolida como uma preocupação central para as empresas e não é para menos, afinal, a Síndrome do Burnout já atinge um em cada três brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde e corresponde à 32% dos trabalhadores brasileiros, conforme dados da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil).
Diante dessa realidade, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e os períodos de descanso têm ganhado destaque entre as empresas que buscam maior produtividade e retenção de talentos. Recentemente, uma pesquisa global encomendada pela Booking.com já havia mostrado que 79% dos brasileiros têm nas viagens sua principal estratégia de bem-estar em 2025.
No Brasil, o levantamento realizado pelo Férias & Co., plataforma de benefício corporativo de viagens, revelou que 92% dos profissionais brasileiros também acreditam que momentos de lazer e pausas frequentes impactam positivamente a saúde mental e o desempenho no trabalho e, neste sentido, entram as chamadas “mini-férias”.
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Segundo Bruno Carone, CEO do Férias & Co., o conceito de mini-férias, que são pausas mais curtas e regulares ao longo do ano, se consolida como uma das soluções mais eficazes no combate ao estresse. “O bem-estar é a base para o sucesso sustentável. As mini-férias têm se mostrado uma poderosa ferramenta para que os colaboradores se desconectem das pressões do dia a dia e retornem ao trabalho mais engajados e criativos, sem precisar esperar por um único recesso anual”, destaca o executivo.
Viagens curtas e de bem-estar são tendência mundial
A 10ª edição anual da pesquisa da Booking.com, que explora as atitudes e intenções dos consumidores em relação ao impacto social e ecológico das viagens, apontou que cerca de 60% dos entrevistados demonstram interesse crescente por viagens voltadas à saúde e à longevidade.
Nos EUA, por exemplo, 56% das pessoas preferem experiências presenciais como retiros de bem-estar; outros 45% fazem o mesmo para terapias termais ou aulas de ioga, segundo relatório recente da McKinsey. Já aqui no Brasil, dados de outro levantamento da Booking.com destacam que 62% dos brasileiros gostam de viagens mais curtas e nacionais (de 1 a 4 noites) e 50% planejam viagens de uma semana. Destinos como praia e natureza estão entre os preferidos dos entrevistados para 2025. As viagens à praia lideram com 64% das intenções, seguidas por viagens urbanas (49%), roteiros em meio à natureza (40%) e visitas a familiares e amigos (41%).
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Outra tendência crescente é o turismo esportivo, que, de acordo com a Collinson, prevê alta de US$ 1,8 trilhão até 2030. Atividades intensas ou corridas em maratonas são os principais atrativos dos viajantes.
Com esta alta no turismo, Bruno Carone reforça que esse novo olhar para o descanso é interessante , mas exige uma transformação por parte das companhias. “Os gestores precisam entender que soluções antigas já não respondem às demandas atuais. Valorizar o tempo de qualidade do colaborador fora do ambiente de trabalho é, na prática, investir em uma cultura corporativa mais saudável, inovadora e produtiva”, conclui.
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