
Faleceu nesta segunda-feira (21) o Papa Francisco, aos 88 anos. Apesar das intensas internações recentes, a morte do papa ainda pegou muita gente de surpresa. Especialmente por acontecer em um momento tão agitado no Vaticano: logo após ao feriado de Páscoa e em meio ao ano jubilar que acontece em 2025, evento importante para o catolicismo que acontece a cada 25 anos.
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A expectativa é de que a cidade de Roma receba quase três vezes mais a quantidade de turistas que costuma receber por ano. Contudo, com o falecimento do Papa, inúmeros fiéis devem viajar até o Vaticano para acompanhar os rituais funerários que se estendem ao longo da semana. O Funeral do Papa João Paulo II, em 2005, atraiu aproximadamente 4 milhões de pessoas.
Mas além do aumento do fluxo de turistas na região, a morte do papa gera outros impactos para turistas que já estavam com viagem marcada para Roma e com intenção de visitar o Vaticano. Quem desejava fazer uma visita tradicional, com direito a conhecer os grandes marcos e esperava receber um aceno do papa, teve seus planos modificados pela recente perda.
Viagens e visitas a região devem se atentar a agenda oficial do Vaticano, levando em consideração as possíveis alterações logísticas e considerando o contexto religioso que marca a transição do comando da Igreja Católica.
A Igreja Católica determina um período de luto de nove dias após a morte de um papa, com o enterro acontecendo entre o 4º e o 6º dia após o falecimento, segundo protocolo oficial. O enterro do Papa Francisco tem data para o dia 26 de abril, no próximo sábado e será aberta ao público.
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Confira mudanças já anunciadas
Durante o período de luto oficial, a expectativa é de que a Basílica de São Pedro se feche para o público geral, estando aberta apenas para receber o velório. O corpo do Papa Francisco deve ser velado na basílica a partir de quarta-feira (23), para as pessoas prestarem suas homenagens. Para conter o fluxo de pessoas, a Praça de São Pedro passará por controles de segurança mais rigorosos, mas deve ter um intenso aumento no número de visitantes.
Meios de transporte como metrôs e linhas de ônibus também podem ter suas rotas desviadas ou operar com restrições. Ruas poderão ser fechadas para veículos durantes as celebrações.
É comum à tradição da Igreja Católica que papas sejam sepultados nas Grutas do Vaticano, localizadas sob a Basílica de São Pedro. Contudo, o Papa Francisco manifestou em vida o desejo de ter sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, uma das suas igrejas favoritas. Com isso, a basílica também está com restrições de acesso em algumas áreas.
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A Capela Sistina será fechada para receber o Conclave, que é a “eleição papal” conduzida por cardeais para definir o novo papa. O processo pode durar dias. Por se tratar de um processo secreto, antes do início da votação, a capela é toda verificada por especialistas, para garantir que não haja microfones ou câmeras escondidos. Outros museus seguem funcionando, como a Pinacoteca Vaticana, o Museu Pio-Clementino e as Salas de Rafael.
A programação do Jubileu, que levará milhões de fieis a Roma e ao Vaticano em 2025, está com a programação suspensa no momento. Novas datas ainda não foram divulgadas. Além do Jubilei, eventos culturais na região também devem sofrer alterações ou cancelamento de suas programações.
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