PEC da anistia

Érika Hilton vê anistia enfraquecida após derrota da oposição

Apesar da ofensiva da oposição, deputada vê proposta de anistia perder força na Câmara em meio a articulações da base governista

"Tenho a sensação de que hoje o texto não deve vir para a Casa, inclusive por conta da MP que trata das contas de energia elétrica e que deve caducar", disse a deputada. - (crédito: Mario Agra/Câmara dos Deputados)

A reunião de líderes da Câmara, marcada para a tarde desta quarta-feira (17/9), tem como pano de fundo a tentativa da oposição de avançar com a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O encontro, entretanto, ainda não começou porque o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), segue no plenário para a votação de uma emenda da PEC das Prerrogativas.

Ao Correio, a deputada Érika Hilton (Psol-SP) avaliou que o cenário para a anistia mudou após a derrota da oposição na noite anterior. “Olha, a anistia me parece que ficou um pouco mais enfraquecida agora, tendo em vista até o resultado da votação de ontem. Há ainda pressão de alguns setores para que se avance com a anistia, e também diálogos para que o texto seja mais brando, e não essa anistia irrestrita.”

“Tenho a sensação de que hoje o texto não deve vir para a Casa, inclusive por conta da MP que trata das contas de energia elétrica e que deve caducar. A pressão continua, mas me parece mais enfraquecida pela derrota que assistimos ontem, fundamental e importante aqui no plenário da Câmara”, emendou.

A parlamentar destacou ainda que, embora a resistência cresça, o tema segue no radar político. “Política, como eu já vi a Natuza dizendo, até vaca voa quando se quer. É possível que essa proposta entre, mas acho que ela chega hoje mais enfraquecida”, ironizou.

A oposição, por sua vez, insiste em aprovar o regime de urgência da proposta, o que permitiria acelerar a análise do texto e, posteriormente, incluir o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O movimento é defendido por líderes como Luciano Zucco (PL-RS) e Bia Kicis (PL-DF), que pedem uma anistia “ampla e geral”.

Para o governo e partidos aliados, no entanto, a estratégia da oposição perdeu fôlego e deve enfrentar resistência na reunião. A urgência depende de ao menos 257 votos para ser aprovada, e o resultado das articulações de hoje será decisivo para os próximos passos da pauta.

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postado em 17/09/2025 15:36
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