
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preparam, para este domingo, nova rodada de mobilizações nacionais em meio à confusão em torno do nome dele na decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacar o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes, e aplicar tarifar os produtos brasileiros em 50% a partir da próxima semana, salvo algumas exceções, como aviões e suco de laranja.
Apesar da tentativa de demonstrar força nas ruas, os principais rostos do bolsonarismo não estarão presentes além de Bolsonaro, como a ex-primeira-dama Michelle e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O ex-presidente segue impedido de deixar sua residência aos fins de semana por decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, e usa tornozeleira eletrônica. Já Michelle, que tem atuado politicamente à frente do PL Mulher, optou por não participar neste momento.
Tarcísio de Freitas, por sua vez, será submetido a um procedimento médico na tireoide no mesmo dia das manifestações — o que, segundo aliados, também o afasta de uma possível exposição política num momento em que tenta se equilibrar entre a base bolsonarista e o empresariado.
Além da concentração na Avenida Paulista, em São Paulo, os atos deste domingo serão realizados em diversas cidades do país, inclusive, em Brasília. A mobilização ocorre em meio aos fortes avanços das investigações que apuram a participação de Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado no processo dos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de Janeiro.
Apesar das ausências, nomes de peso da ala ideológica do Congresso pretendem comparecer. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), confirmou presença nos atos do Rio de Janeiro e de São Paulo. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também devem participar, com agendas divididas entre seus estados e a capital paulista.
A expectativa dos organizadores é de que as manifestações sirvam mais para reafirmar a identidade do grupo político e manter a base mobilizada do que para gerar grandes aglomerações.
Do BC a Copacabana
As manifestações estão programadas para acontecer em diversas capitais do país, com horários variados. Em Brasília, a concentração está marcada para às 10h, em frente ao Banco Central. O mesmo horário será adotado na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, e na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.
Em São Paulo, a Avenida Paulista volta a ser o palco central do bolsonarismo, com concentração às 14h. Nesse mesmo horário, também estão previstos atos dos bolsonaristas em Curitiba (Boca Maldita), Recife (em frente à Padaria Boa Viagem), Fortaleza (Praça Portugal), Aracaju (Arcos da Orla), João Pessoa (Busto de Tamandaré) e Natal (Shopping Midway).
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No Espírito Santo, a mobilização dos apoiadores de Bolsonaro está marcada para começar ao meio-dia, nas imediações do Posto Moby Dick, em Vila Velha. Em Salvador, o encontro será às 9h, no Farol da Barra, mesmo horário da manifestação em Maceió, no Corredor Vera Arruda. Em Goiânia, o ato está previsto para às 10h, na Praça Tamandaré.
Na região Sul, os protestos dos bolsonarias estão previstos para às 14h, no Parcão, em Porto Alegre; e às 16h, no Trapiche da Beiramar, em Florianópolis; e na Praça da Bandeira, em Joinville (SC). Já em Palmas (TO), a concentração está marcada para às 16h, na Praça dos Girassóis.
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