
O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, deputado Filipe Barros (PL-PR), acusa o Brasil de defender atentados em Israel na nota publicada pelo Ministério de Relações Exteriores (MRE). "A nota do Itamaraty, desta sexta-feira, exorta as partes ao fim das hostilidades, mas condena apenas Israel, num reconhecimento tácito de que o Irã tem o direito de eliminar toda uma Nação”, alega.
Para o presidente da CREDN, as ações de Israel contra o Irã são justificadas devido as afirmações do Irã sobre não aceitar a existência de Israel. "Em todo o Oriente Médio e mundo árabe, apenas um Estado não aceita a existência de Israel, o Irã. Direta e indiretamente, o Irã atua para, como dizem publicamente seus dirigentes políticos e religiosos, 'varrer Israel do mapa'. Portanto, as ações de Israel são plenamente justificadas”, explicou.
Palestina
Filipe Barros defende ainda na nota que "a paz no Oriente Médio não interessa ao Irã e aos radicais por ele financiados, como Hamas, Jihad Islâmica, Hezbollah e Houthis". “A solução de dois estados, por exemplo, defendida pelos árabes e fruto de um plano sólido por parte da Arábia Saudita, é torpedeada pelo Irã, cuja única estratégia é pôr fim ao Estado de Israel e aos judeus”, destaca. O presidente ainda afirma que o Irã mente para os palestinos e usa o povo como "escudo humano".
O deputado faz referência à iniciativa de Paz Árabe de 2002, que propunha o reconhecimento do Estado de Israel e a criação de um Estado Palestino independente. A proposta poderia ser retomada sob a liderança da mesma Arábia Saudita com o apoio de países como os Emirados Árabes Unidos, Qatar, Egito, Jordânia, Bahrein e Kuwait.
“O Irã tem se envolvido em guerras por procuração, oferecendo apoio a diferentes lados em conflitos regionais, como na Síria e no Iêmen. E assegura que defende o direito do povo palestino, mentindo para esse mesmo povo, há décadas refém dos terroristas do Hamas que os usam como escudos humanos”, disse.
Solidariedade
Ainda em nota, o deputado diz que irá apreciar uma Moção de Solidariedade a Israel na próxima reunião deliberativa da comissão. O presidente defende que acompanha os ataques israelenses desde a última sexta-feira (13) e ressalta que "as incursões aéreas de Israel em território iraniano [são] focadas exclusivamente em alvos militares e nucleares".
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