
O funeral do papa Francisco, realizado neste sábado (26/4), foi palco do primeiro evento internacional que contou com a presença simultânea do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar da oportunidade, Lula afirmou que não encontrou Trump durante a cerimônia.
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“Não, não cumprimentei [Trump] porque eu estava conversando com minha equipe sobre a segurança na saída, estava uma confusão muito grande. Não vi, não olhei nem para o lado. Na verdade, não vi o Trump”, disse o presidente brasileiro em conversa com jornalistas após o evento.
Ao ser questionado sobre o breve encontro entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ocorrido antes do funeral, Lula reforçou a importância do diálogo como caminho para o fim do conflito. “Eu não sei o que eles conversaram, não posso intuir. O que importa é que se converse para encontrar uma saída para essa guerra, porque ela está ficando sem explicação. Ninguém consegue explicar, e ninguém quer falar em paz”, declarou.
O presidente brasileiro ainda reiterou o apelo por negociações de paz tanto no conflito entre Rússia e Ucrânia quanto no Oriente Médio. “O Brasil continua insistindo que a solução passa por levar os dois lados à mesa de negociações. Não só no caso da Ucrânia e da Rússia, mas também em relação à violência cometida por Israel contra a Faixa de Gaza”, afirmou.
'Exemplo para todo mundo'
O brasileiro também destacou o papel de Francisco na luta contra as desigualdades sociais. “Que o próximo papa seja um homem igual a ele, com o mesmo coração, os mesmos compromissos religiosos, os mesmos compromissos no combate à desigualdade que teve o papa Francisco”, afirmou.
Também presente ao funeral, a ex-presidente Dilma Rousseff classificou Francisco como uma liderança marcada pela empatia e solidariedade. “Uma liderança com as melhores características do ser humano. Um exemplo para todo mundo. Uma generosidade com os pobres, um reconhecimento da importância desse mundo tornar-se mais igual, uma recusa da guerra e do preconceito com os imigrantes... Não podia deixar ele partir sem estar aqui”, declarou.