Igreja católica

Emoção, fé e agradecimento: a rotina de peregrinação no Jubileu 2025

Jovens católicos celebram o Jubileu da Esperança, em Roma, com uma peregrinação à la Brasil e senso de comunidade com o mundo

Basílica de Santa Maria Maior: símbolo de união do mundo católico jovem -  (crédito: Ronayre Nunes/CB/D.A Press)
Basílica de Santa Maria Maior: símbolo de união do mundo católico jovem - (crédito: Ronayre Nunes/CB/D.A Press)

Roma — Uma rápida olhada no dicionário — ou até mesmo uma busca no Google — traz uma definição objetiva para “peregrinar”: “fazer uma jornada por terras santas”. Na prática, porém, o ato de peregrinar é bem mais complexo do que sugere a teoria e milhares de católicos de todo o mundo estão aprendendo essa lição na pele durante uma rotina exaustiva ao longo desta semana no Vaticano.

A Igreja celebra o Jubileu da Esperança 2025 — evento que ocorre a cada 25 anos — em uma verdadeira odisseia de emoção, fé, gratidão e muita caminhada.

O dia começa cedo. A recomendação é tomar um café da manhã reforçado. A peregrinação passa por basílicas históricas de Roma, proporcionando uma conexão profunda com a fé e os ensinamentos do catolicismo por meio da oração nesses locais sagrados. Em alguns dias, chegam a ser 12 horas seguidas de caminhada sob o sol escaldante do verão europeu, enfrentando filas quilométricas.

Da foto de dentro: Jovens tomam conta da Basílica de São Paulo, em Roma
Da foto de dentro: Jovens tomam conta da Basílica de São Paulo, em Roma (foto: Ronayre Nunes/CB/D.A Press)

Peregrinação além do suor

Mas engana-se quem pensa que a jornada é feita de sofrimento. “Eu tenho encarado de uma forma bem tranquila, sem nenhuma hipocrisia, porque o preço de estar aqui, a experiência, é bem maior do que a fome ou o cansaço. E eu sou do Brasil. O sol de Brasília é bem forte nessa época, então já estou acostumada. A fome e a sede a gente encara numa boa também”, brinca a assistente administrativa Giovanna Laura Dantas, 22 anos.

Apesar da exaustão, o esforço não se traduz em desânimo. Pelo contrário: rodas de dança e canto tomam conta das ruas de Roma, reunindo jovens do mundo inteiro em celebração. “A experiência que eu tenho vivido com essa peregrinação é indescritível. É o meu sonho de criança estar aqui em Roma, conhecer e contemplar o cerne da minha fé”, conclui Giovanna.

Entre os diversos grupos da capital brasileira que participaram da celebração, o Correio acompanhou um deles, com mais de 20 peregrinos. Eles enfrentaram inúmeros desafios — incluindo um golpe de uma agência de peregrinação — para conseguir participar do Jubileu. O grupo contou com o auxílio da Comunidade Católica Obra de Maria para chegar até Roma.

postado em 01/08/2025 19:05 / atualizado em 01/08/2025 20:09
x