
O quadro de árbitros do Distrito Federal recebe, até domingo (9/11), a oitava edição do Seminário Arbitragem Sem Fronteiras. O projeto, uma iniciativa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) voltada ao aprimoramento técnico e à padronização da arbitragem nacional, é realizado na Cecaf, no Setor Policial Sul. A primeira etapa do programa ocorreu nesta sexta-feira (7/11) e contou com a presença do presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Rodrigo Martins Cintra, do presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), Daniel Vasconcelos, do diretor técnico Márcio Coutinho e do presidente do Sindicato dos Árbitros do DF, Raimundo Lopo.
Durante três dias, árbitros e assistentes participarão de atividades teóricas e práticas conduzidas por instrutores especializados da CBF. O conteúdo abrange controle de jogo, faltas táticas, impedimentos, área penal e aspectos emocionais da condução de partida, além de treinamentos de campo. A dinâmica inclui um torneio sub-17 organizado exclusivamente para o seminário, no qual os árbitros atuam em revezamento. Durante as partidas, eles são avaliados e orientados em tempo real pelos inspetores da entidade máxima do futebol nacional.
O Árbitro sem Fronteiras nasceu na atual gestão da CBF, presidida pelo roraimense Samir Xaud. Rodrigo Martins Cintra, um dos idealizadores do projeto, destacou que a proposta central do projeto é garantir igualdade de oportunidades aos profissionais da arbitragem em todo o país. “A ideia é assegurar que todos tenham chance de evoluir. Há árbitros prontos para Série A, outros para B, C ou D, e dentro da realidade de cada um é preciso oferecer condições iguais de crescimento. Isso é retirar fronteiras”, iniciou o presidente da Comissão de Arbitragem, em exclusiva ao Correio.
O curso tem carga horária de 20 horas e fornece certificado aos participantes. De acordo com Cintra, o conteúdo é o mesmo utilizado nas capacitações de árbitros internacionais da Fifa. “Hoje, não há mais segredo. O que o árbitro Fifa recebe, o da base também recebe, dentro da linguagem adequada. Só assim conseguimos uma instrução verdadeiramente igualitária e caminhamos para a tão desejada aproximação de critério”, pontuou.
Após o encerramento do seminário, a equipe da CBF elabora um relatório técnico detalhado, que será encaminhado à FFDF para orientar o acompanhamento dos profissionais locais. Cintra ressalta que o projeto marca o início de um ciclo de desenvolvimento permanente. “O grande mérito do seminário é que ele não termina aqui. Nós deixamos uma semente. A federação segue com o trabalho de desenvolvimento e nós voltamos a acompanhar. A partir disso, pretendemos trazer mais árbitros do Distrito Federal para os níveis nacionais”, concluiu.
Para o presidente do Sindicato dos Árbitros do Distrito Federal, Raimundo Lopo, a presença da Comissão de Arbitragem da CBF em Brasília tem impacto direto na motivação do quadro. “Quando o presidente da Comissão vem até aqui, desperta o grupo. É como se o Ancelotti chegasse em um clube: todo mundo muda de postura. Essa aproximação mostra que há árbitros promissores no DF, que às vezes não tinham esse contato com a CBF”, disse.
Veja a programação
Sábado (8/11)
Campo de jogo
8h às 12h - Treino técnico e físico
Auditório
14h às 15h30 - Tema: disputa
15h30 às 17h - Tema: faltas táticas
17h30 às 18h30 - Tema: mãos
18h30 às 19h30 - Tema: impedimento
Domingo (9/11)
Campo de jogo
8h às 12h - Treino técnico e físico
Auditório
14h às 15h - Tema: área penal
15h às 16h - Palestra do Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF
16h30 às 17h30 - Encerramento
Saiba Mais
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima

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