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Meta faturou US$ 16 bilhões com anúncios fraudulentos, aponta documento

Documento denuncia que parte da receita de 2024 da Meta veio de propagandas de golpes e produtos proibidos

Mark Zuckerberg: Assim como outros bilionários, o fundador do Facebook (agora Meta) decidiu destinar a maior parte de seu dinheiro para causas sociais.  -  (crédito: JD Lasica/Wikimedia Commons )
Mark Zuckerberg: Assim como outros bilionários, o fundador do Facebook (agora Meta) decidiu destinar a maior parte de seu dinheiro para causas sociais. - (crédito: JD Lasica/Wikimedia Commons )

A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, teria projetado internamente que cerca de 10% de sua receita global em 2024, o equivalente a US$ 16 bilhões, teria origem em anúncios relacionados a golpes e à venda de produtos proibidos. As informações constam em documentos internos obtidos pela agência Reuters, que também indicam que as plataformas exibem diariamente cerca de 15 bilhões de anúncios fraudulentos aos usuários.

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Segundo os arquivos, a empresa de Mark Zuckerberg teria falhado, ao longo de ao menos três anos, em conter a disseminação de campanhas fraudulentas que promoviam esquemas de investimento ilegais, cassinos on-line e produtos médicos proibidos. Parte desses anúncios teria sido veiculada por anunciantes já identificados como suspeitos pelos sistemas internos da companhia.

Os documentos revelam, ainda, que a Meta apenas bane anunciantes quando há 95% de certeza de fraude. Em casos de suspeita inferior a esse percentual, a plataforma não remove os anúncios, mas cobra taxas mais altas desses anunciantes como forma de desincentivo. O modelo, no entanto, garante à empresa uma receita anual estimada em US$ 7 bilhões provenientes dessa categoria de anúncios, conforme registros de 2024.

Em resposta, a Meta negou as acusações e afirmou combater golpes.“Combatemos fraudes e golpes de forma agressiva porque nem as pessoas que usam nossas plataformas, nem os anunciantes legítimos e nem nós queremos isso. Os golpistas são criminosos persistentes, cujos esforços - muitas vezes em redes criminosas transnacionais que operam em escala global - crescem em sofisticação e complexidade. À medida que a atividade de golpes se torna mais persistente e sofisticada, nossos esforços também evoluem. Infelizmente, os documentos vazados apresentam uma visão seletiva que distorce a abordagem da Meta em relação a fraudes e golpes, ao focar apenas em nossos esforços para avaliar a dimensão do desafio, e não no conjunto de ações práticas que tomamos para enfrentar o problema,” afirmou o porta-voz da Meta, Andy Stone.

A empresa também anunciou novas medidas de verificação para anunciantes no Brasil, que entram em vigor a partir de dezembro. A iniciativa exigirá que todos os anunciantes com campanhas direcionadas ao público brasileiro comprovem quem financia e quem se beneficia das publicidades. A Meta afirma que o objetivo é “reforçar a transparência e garantir um ecossistema publicitário mais seguro”.

*Estagiário sob a supervisão de Edla Luia

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postado em 06/11/2025 19:41 / atualizado em 07/11/2025 10:14
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