Mercado de trabalho

Desemprego no Brasil cai a 5,6% e atinge menor nível em 13 anos

Nível de ocupação também é recorde desde 2012, no início da série histórica da Pnad Contínua

A população desocupada recuou para 6,118 milhões de pessoas -  (crédito:  Agência Brasil)
A população desocupada recuou para 6,118 milhões de pessoas - (crédito: Agência Brasil)

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre de maio a julho de 2025, o menor nível desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012. Os dados, divulgados nesta terça-feira (16/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam queda de 1 ponto percentual em relação aos três meses anteriores e de 1,2 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado.

A Pnad Contínua é publicada mensalmente e conta com dados mais abrangentes que a pesquisa realizada com as estatísticas apenas do mês anterior. De acordo com a sondagem do IBGE, 1 milhão de brasileiros deixaram o desemprego no período de maio a julho, o que representa uma queda de 14,2% no trimestre. Diante disso, a população desocupada recuou para 6,118 milhões de pessoas, fruto também de uma queda de 16% desde o início do ano. 

A população ocupada com algum tipo de vínculo empregatício chegou a 102,4 milhões de pessoas, o maior número já registrado na série histórica. O total representa um crescimento de 1,2 milhão em relação ao trimestre anterior e de 2,4 milhões na comparação anual. Já o nível de ocupação — que mede a proporção de pessoas empregadas dentro da população em idade de trabalhar — manteve-se estável no trimestre, mas segue no patamar recorde de 58,8%.

Ainda segundo os dados do IBGE, a população subutilizada — formada por pessoas empregadas em atividades abaixo de sua capacidade ou que não conseguiram uma oportunidade adequada de trabalho — caiu 8,8% em relação ao trimestre anterior e 12,4% na comparação anual, somando 16,1 milhões de pessoas. Já a população subocupada por insuficiência de horas permaneceu estável em 4,6 milhões no trimestre, mas apresentou redução de 349 mil pessoas em um ano.

Outro recorde apontado pela pesquisa é o número de empregados no setor público, que chegou a 12,9 milhões de pessoas no trimestre encerrado em julho, avançando 3,4% na comparação com o trimestre anterior e 3,5% no mesmo período de 2024. No setor privado, também houve recorde: 52,6 milhões de empregados, com crescimento de mais de 1,2 milhão no ano, ou 2,2%, na mesma comparação. 

Rendimento

O rendimento real habitual de todos os trabalhos também atingiu o maior nível nominal da série histórica (R$ 3.484), ao avançar 1,3% ante o trimestre anterior e 3,8% no ano. Já a massa de rendimento real habitual alcançou R$ 352,3 bilhões e também foi recorde, avançando tanto em relação ao trimestre anterior (2,5%) quanto na comparação com o mesmo período do ano anterior (6,4%).

postado em 16/09/2025 11:38
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