
A Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou, nesta sexta-feira (1º/8), uma nova projeção de impacto para a atividade econômica do Brasil nos próximos dois anos, após a adoção da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos. A revisão da estimativa anterior ocorre dois dias após o país norte-americano amenizar o tarifaço, com uma lista de exceção que contém 694 itens comercializados entre as duas nações.
De acordo com o Departamento de Economia (Depecon) da entidade, as tarifas de importação devem causar uma perda de 0,2 pontos percentuais (p.p.) no produto interno bruto (PIB) de 2025 e de 0,38 p.p. no ano seguinte. Antes da divulgação das exceções, a Fiesp calculava um impacto de 0,35 p.p. para este ano e de 0,6 p.p. para 2026.
Na avaliação dos economistas da entidade, a imposição da tarifa de 50%, que começa a ser aplicada a partir do próximo dia 6 de agosto, ainda causa riscos significativos para a atividade no país. “Contudo, o potencial impacto econômico negativo do tarifaço foi mitigado após a divulgação da lista de exceções à tarifa adicional de 40% pelo governo americano nesta semana. Cerca de 700 itens estão incluídos nesta lista”, destacam.
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A mediana das projeções do mercado financeiro, levantada pelo Boletim Focus divulgado na última segunda-feira (28/7) aponta para um crescimento de 2,23% do PIB brasileiro neste ano, ao passo que a estimativa para 2026 é de avanço de 1,89%.
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