
A taxa de desocupação no Brasil recuou para 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025, a menor já registrada desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de janeiro a março deste ano, quando o índice estava em 7,0%, e de 1,1 p.p. frente ao mesmo período de 2024 (6,9%). Segundo o IBGE, o desempenho reflete o crescimento expressivo da população ocupada, que impulsionou diversos recordes no mercado de trabalho brasileiro.
Recordes na ocupação e na formalização
Além da queda no desemprego, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões, o maior já registrado. A taxa de participação na força de trabalho alcançou 62,4%, e o nível de ocupação ficou em 58,8%, igualando o recorde do trimestre encerrado em novembro de 2024.
Outro indicador que apresentou melhora significativa foi o contingente de desalentados — pessoas que desistiram de procurar emprego. A população nessa condição caiu 13,7% em relação ao trimestre anterior e 14% frente ao mesmo período de 2024.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que a expansão da ocupação foi decisiva para os resultados históricos. “O crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”, afirmou.
Subutilização também recua
A taxa composta de subutilização da força de trabalho — que considera desocupados, subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial — caiu para 14,4%, recuo de 1,5 p.p. em relação ao trimestre anterior e de 2,0 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2024.
Junto com os resultados, o IBGE divulgou a reponderação da série histórica da Pnad Contínua Mensal. A atualização leva em conta as projeções populacionais publicadas em 2024, que incorporam os resultados do Censo Demográfico de 2022.
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