
A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), registrou alta de 0,43% em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25/4). O resultado representa desaceleração frente a março, quando o indicador subiu 0,64%. A diferença de 0,21 ponto percentual reflete, principalmente, o comportamento dos preços nos grupos Alimentação (1,14%) e Saúde (0,96%), que juntos responderam por 88% do índice do mês.
Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 2,43% no ano e 5,49% em 12 meses, percentual acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2025. Em abril de 2024, o índice havia subido apenas 0,21%.
Alimentos lideram altas
O grupo Alimentação e bebidas teve o maior impacto individual no índice, com contribuição de 0,25 ponto percentual. A inflação dos alimentos consumidos em casa acelerou de 1,25% em março para 1,29% em abril, puxada por aumentos expressivos em itens básicos como tomate (32,67%), café moído (6,73%) e leite longa vida (2,44%).
A alimentação fora do domicílio também pesou mais no bolso do consumidor, com alta de 0,77%, frente aos 0,66% de março. O aumento foi influenciado pelos preços de lanches (1,23%) e refeições em restaurantes (0,50%).
Outro destaque de alta foi o grupo Saúde e cuidados pessoais , que avançou 0,96% e impactou o índice em 0,13 ponto percentual. Entre os vilões do mês estão os produtos de higiene pessoal (1,51%) e os medicamentos , que subiram 1,04% após a autorização de um reajuste de até 5,09% nos preços a partir de 31 de março. Os planos de saúde também contribuíram, com aumento de 0,57%.
Transportes ajudam a frear o índice
Na contramão da alta geral, o grupo Transportes teve queda de 0,44%, aliviando o índice em 0,09 ponto percentual. A principal contribuição veio das passagens aéreas, que recuaram 14,38%, representando um impacto de -0,11 ponto no IPCA-15.
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Também contribuíram para o recuo os preços dos combustíveis, com quedas no etanol (-0,95%), gás veicular (-0,71%), óleo diesel (-0,64%) e gasolina (-0,29%).
As tarifas de transporte público variaram conforme a região. No Rio de Janeiro, houve reajuste nas passagens de ônibus intermunicipais (5,62%) e do metrô (5,33%). Em Porto Alegre, os táxis ficaram 5,84% mais caros e os ônibus urbanos subiram 2,29%. Já em Brasília e Belém, a implementação de tarifa zero aos domingos e feriados impactou o recuo nos preços dos ônibus urbanos e do metrô.