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Nova novela das 19h, "Dona de mim" explora os caminhos da felicidade

Criada por Rosane Svartman, após dois anos do sucesso de "Vai na fé", "Dona de mim" estreia nesta segunda-feira (28/4) na TV Globo. Produção marca o retorno de Claudia Abreu e Camila Pitanga às novelas da tevê aberta

Abel (Tony Ramos) e Filipa (Claudia Abreu) se reencontram, agora como um casal -  (crédito:  Globo/Divulgação)
Abel (Tony Ramos) e Filipa (Claudia Abreu) se reencontram, agora como um casal - (crédito: Globo/Divulgação)

Após o notório sucesso de Vai na fé, que em 2023 elevou o nível das novelas exibidas na faixa das 19h, a TV Globo não deu descanso a Rosane Svartman, e tratou logo de encomendar uma nova trama a ela. Menos de dois anos após o capítulo derradeiro da produção protagonizada por Sheron Menezzes e Samuel de Assis, nesta segunda-feira (28/4) estreia a nova aposta de novelão das sete assinada pela autora — que vinha de Totalmente demais (2015) e Bom sucesso (2019) com sucessivos êxitos no horário, além de duas aclamadas temporadas de Malhação (2012 e 2014).

A felicidade sempre encontra um caminho e chega quando você menos espera. Essa é a mensagem que conduz Dona de mim, que conta a história de Leona (Clara Moneke), uma jovem alto-astral e de coração gigante, que vive na correria, sempre enrolada com grana, convivendo com uma dor imensa que tenta a todo custo não revelar. Ela arranja emprego como babá na mansão da família Boaz, donos da tradicional marca de lingerie de fabricação própria, sediada em São Cristóvão, que ela mesma costumava revender. É assim que ela conhece Sofia (Elis Cabral), a filha de oito anos do patrão, Abel (Tony Ramos), que surge inesperadamente no dia do casamento do empresário viúvo com Filipa (Cláudia Abreu).

Na obra de Rosane Svartman, com direção artística de Allan Fiterman, o encontro entre as duas é o ponto de partida para uma jornada de afeto, cuidado, companheirismo e relações humanas. "O título tem uma relação direta com a ideia de tentar ter o controle das nossas vidas, o que tem a ver com amor-próprio e autocuidado, em uma sociedade acelerada, com violências diárias. Ser dona de si é também buscar algum sentido nessa jornada, porque, às vezes, a gente vai indo sem ter tempo de entender para onde", declarou a autora. "A novela tem vários universos paralelos, mas o principal é o encontro dessa mulher e dessa criança. A transformação da relação entre Leo e Sofia é a grande trama. Estamos fazendo uma novela leve e repleta de significados", acrescentou o diretor artístico.

A chegada de Leona impacta não só a vida de Sofia, mas também a de seus irmãos, Samuel (Juan Paiva), Davi (Rafa Vitti) e Ayla (Bel Lima), e da avó, Rosa (Suely Franco). Nas relações que constrói com a menina e com os demais integrantes da família, Leo passa a viver novas experiências e a vislumbrar novos caminhos em sua trajetória. Moradora do bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no passado, a mocinha batalhadora era estudante de publicidade, quando ia se casar com Marlon (Humberto Morais), grávida de seis meses de Sophya, sua primeira filha, quando viu seu mundo desabar em uma sala de ultrassonografia. Desde a perda gestacional, nada mais foi igual. "A história fala sobre a maternidade de forma prismática, abordando diferentes possibilidades do que é ser mãe, inclusive a escolha de não ser, e o seu impacto direto na vida das mulheres da trama", acrescentou Rosane.

Para Clara Moneke, que estreou em Vai na fé e agora protagoniza a nova obra da mesma autora, a Leona é a definição da mulher brasileira. "Uma pessoa de bom caráter, bom coração, e também muito inteligente e perspicaz, que vai sempre fazer de tudo pela sua família. Todas as loucuras que ela inventa são por um propósito maior, pela irmã ou pela avó. Isso traz beleza, verdade e empatia do público. A Leo é uma mulher encantadora, inteligente, que tem perseverança, garra e muito amor à sua família", resumiu a atriz de 26 anos.  

De volta às sete

Artistas de grande peso na teledramaturgia e bastante requisitados para tramas consideradas nobres, exibidas após as 21h, Tony Ramos e Claudia Abreu fizeram algumas novelas no horário das 19h —, não muitas, mas algumas marcantes, como Bebê a bordo (1988) e Guerra dos sexos (2012), no caso de Tony, e Que rei sou eu? (1989) e Cheias de charme (2012), de Cacau. Agora, a dupla de veteranos está de volta ao horário mais lúdico, como um casal, em Dona de mim.

Para Tony, que estava no ar em Terra e paixão até o início de 2024, estar nessa faixa de horário é diferente, mas também não é. "Não somos atores de horários, mas de textos, de boas ideias. Eu fiz novelas em todos os horários, a gente vai fazendo o que um bom texto propõe. E Dona de mim foi um convite irresistível, é um texto que nos aproxima do que está na rua, um eco do que está acontecendo na vida. Foi um reencontro com vários companheiros. E uma delas, muito especial, foi a Claudia, com quem eu vivi momentos maravilhosos em Belíssima (2005), quando gravamos por quase um mês na Grécia", afirmou o ator ao Correio.

De acordo com Claudia, novela das 19h é uma diversão. "É sempre muito divertido. São cenas que não são tão longas, mas se conta muita coisa em pouco tempo. Sou a mesma atriz em todos os horários, mas cada horário tem sua linguagem. Às sete, há um ritmo mais frenético, tem que ficar sintonizado com o tom da novela. E é uma alegria reencontrar o Tony, interpretar textos que são reflexos da antena maravilhosa da Rosane Svartman para captar tudo o que está acontecendo. É uma novela do presente, conta o que está acontecendo no momento, então, eu me sinto viva", explicou a atriz, que estava afastada das novelas desde 2017, quando encerrou sua participação em A lei do amor.

Participação mais que especial

Quando a novela começa, sete anos atrás, na cerimônia de casamento de Abel e Filipa, surge Ellen, uma antiga funcionária da fábrica, que cobra uma antiga dívida de vida com Abel, pedindo que ele registrasse como sua filha a bebê que carrega nos braços. Em um ato de desespero, pois trava uma luta contra o câncer, ela não tem dúvidas de que aquele seria o melhor para o futuro de sua filha, e deixa uma carta para que Sofia leia ao completar 18 anos. Esse é o ponto de partida da trama e marca também o retorno da atriz Camila Pitanga às novelas da Globo, em uma participação especial imediatamente após o sucesso como Lola Argento de Beleza fatal, da Max.

"Quando recebi o convite para estar na novela da Rosane e do Allan, eu comemorei como um gol! Eles são dois criadores que admiro e com quem estou amando conviver", celebrou a atriz, que esteva distante da televisão aberta desde 2016, quando encerrou sua participação em Velho Chico. Para essa rápida passagem, já que Ellen morre, Camila surge com um visual completamente diferente da extravagante vilã que a colocou de volta no gosto popular. 

Dona de mim é uma novela criada por Rosane Svartman, escrita com Carolina Santos, Jaqueline Vargas, Juan Jullian, Mário Viana, Michel Carvalho e Renata Sofia. A obra tem direção artística de Allan Fiterman, direção geral de Pedro Brenelli e produção de Mariana Pinheiro. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

  • Ela é dona de si: Leona, a protagonista  da história, é vivida por Clara Moneke
    Ela é dona de si: Leona, a protagonista da história, é vivida por Clara Moneke Globo/Divulgação
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    Com Marlon, o jovem ator Humberto Morais, da série Sutura, estreia em novelas Globo/Divulgação
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    Camila Pitanga volta às novelas para viver Ellen, mas apenas no primeiro capítulo Globo/Divulgação
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    Rafa Vitti agora é Davi, um jovem playboy Globo/Divulgação

 


postado em 27/04/2025 08:00
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