
Por Amanda S. Feitoza — Em estudo publicado na revista Science Advances, cientistas afirmam ter identificado um tom de cor nunca antes observado, batizado provisoriamente de “olo”.
Diferentemente das cores tradicionais visíveis a olho nu, esse nuance só se revela quando células específicas da retina, conhecidas como cones M, são estimuladas individualmente por feixes de laser.
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De acordo com os autores do trabalho, a “olo” apresenta-se como um azul-verde extremamente saturado, que não surge em nenhuma combinação de pigmentos ou comprimentos de onda da luz ambiental.
Para provocá-la, os pesquisadores mapearam com precisão a retina humana, localizaram os cones M e aplicaram feixes de laser para ativar exclusivamente esse tipo celular.
O nome “olo” faz referência à representação binária 010, símbolo que remete à ativação única dos cones M no experimento.
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Se confirmada como um tom verdadeiramente novo, a descoberta pode revolucionar áreas tão diversas quanto neurociência, tecnologia de displays e arte digital, ao abrir caminho para sistemas de representação de cores que vão além dos modelos RGB ou CMYK.
Ainda assim, os cientistas ponderam que ainda é cedo para afirmar se é uma nova cor independente — capaz de ampliar o espectro perceptível pelo olho humano — ou simplesmente de uma variação extremamente saturada do verde.