VISÃO

Cientistas identificam cor nunca vista pelo ser humano: "Olo"

Pesquisadores relatam possível "nova cor" percebida apenas por estímulos a laser

Paleta de cores -  (crédito: William Bucholtz/Divulgação)
Paleta de cores - (crédito: William Bucholtz/Divulgação)

Por Amanda S. Feitoza — Em estudo publicado na revista Science Advances, cientistas afirmam ter identificado um tom de cor nunca antes observado, batizado provisoriamente de “olo”.

Diferentemente das cores tradicionais visíveis a olho nu, esse nuance só se revela quando células específicas da retina, conhecidas como cones M, são estimuladas individualmente por feixes de laser.

De acordo com os autores do trabalho, a “olo” apresenta-se como um azul-verde extremamente saturado, que não surge em nenhuma combinação de pigmentos ou comprimentos de onda da luz ambiental.

Para provocá-la, os pesquisadores mapearam com precisão a retina humana, localizaram os cones M e aplicaram feixes de laser para ativar exclusivamente esse tipo celular.

  • Cientistas podem ter descoberto nova cor identificável somente a partir de estímulos a laser em células da retina
    Cientistas podem ter descoberto nova cor identificável somente a partir de estímulos a laser em células da retina Reprodução/artigo científico
  • Cientistas podem ter descoberto nova cor identificável somente a partir de estímulos a laser em células da retina
    Cientistas podem ter descoberto nova cor identificável somente a partir de estímulos a laser em células da retina Reprodução/artigo científico
  • Cientistas podem ter descoberto nova cor identificável somente a partir de estímulos a laser em células da retina
    Cientistas podem ter descoberto nova cor identificável somente a partir de estímulos a laser em células da retina Reprodução/artigo científico

O nome “olo” faz referência à representação binária 010, símbolo que remete à ativação única dos cones M no experimento.

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Se confirmada como um tom verdadeiramente novo, a descoberta pode revolucionar áreas tão diversas quanto neurociência, tecnologia de displays e arte digital, ao abrir caminho para sistemas de representação de cores que vão além dos modelos RGB ou CMYK. 

Ainda assim, os cientistas ponderam que ainda é cedo para afirmar se é uma nova cor independente — capaz de ampliar o espectro perceptível pelo olho humano — ou simplesmente de uma variação extremamente saturada do verde.

 

postado em 25/04/2025 12:47 / atualizado em 25/04/2025 12:49
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