CB.AGRO

Mulheres se destacam na cafeicultura do DF

Estudo inédito da Embrapa e da Emater aponta o protagonismo feminino na produção de café no Distrito Federal e o potencial da região para a produção de grãos especiais

O pesquisador da Embrapa e representante da Câmara Setorial do Café do DF, Omar Rocha, foi o entrevistado desta sexta-feira (1º/8) do CB.Agro -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O pesquisador da Embrapa e representante da Câmara Setorial do Café do DF, Omar Rocha, foi o entrevistado desta sexta-feira (1º/8) do CB.Agro - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Um levantamento realizado pela Embrapa, em parceria com a Emater, mapeou a realidade da cafeicultura no Distrito Federal e revelou que as mulheres estão à frente de grande parte das propriedades produtoras. Além disso, mostrou que a atividade é conduzida, majoritariamente, por pequenos produtores que se destacam pela qualidade dos grãos e pelo cuidado no beneficiamento.

“Foi uma grande surpresa perceber que as mulheres estão dominando tudo”, afirmou o pesquisador da Embrapa e representante da Câmara Setorial do Café do DF, Omar Rocha, no programa CB.Agro — parceria da TV Brasília com o Correio Braziliense — desta sexta-feira (1º/8). “É uma característica interessante pelo cuidado, amor e comprometimento que elas têm. A forma como cuidam do beneficiamento do café tem agregado muita qualidade à bebida.”

Segundo o levantamento, o DF conta com cerca de 138 produtores de café e uma área cultivada de aproximadamente 408 hectares. A produção anual gira em torno de 20 mil sacas, enquanto o consumo local ultrapassa 300 mil. “Por ser uma cafeicultura irrigada e tecnificada, a produtividade média aqui é de 50 sacas por hectare, bem acima da média nacional, que é de 30 sacas”, ressaltou Rocha.

A maior parte das propriedades é familiar, com estruturas enxutas e cultivo em pequenas áreas. Em muitos casos, o café é colhido com ajuda da própria família ou por meio de mutirões comunitários. “Essa parte colaborativa é fundamental para o processo.”

Embora o café não seja a principal fonte de renda para essas famílias — que muitas vezes também cultivam frutas e hortaliças — ele garante um importante reforço financeiro anual. “Estamos falando de cerca de R$ 50 mil que entram por safra. É um recurso que chega de uma vez e ajuda muito a equilibrar as finanças da propriedade”, destacou.

Assista à íntegra da entrevista:

*Estagiária sob a supervisão de Eduardo Pinho

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postado em 01/08/2025 16:54
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