
O ex-presidente Fernando Collor de Mello passou a primeira noite no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL) nessa sexta-feira (25/4) em uma cela especial e sem grades. As informações são do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Alagoas, que pontua ainda que trata-se de uma sala com uma porta em uma ala especial com menos presos e “mais limpa e organizada que as demais”.
Fernando Collor foi preso na madrugada de sexta-feira (25/4), no aeroporto de Maceió, enquanto se preparava para viajar a Brasília. Ele foi condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro em decorrência de investigações da Operação Lava-Jato.
Dados públicos divulgados em levantamento da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária informam que o presídio está com superlotação, pois possui capacidade para 892 presos, mas aloja 1.321 detentos.
Ao todo, eles são distribuídos em 7 módulos, sendo 1.213 presos já condenados e 108 presos provisórios, que ainda aguardam julgamento.
O Correio entrou em contato, neste sábado (26/4), com a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (SERIS), responsável pelos presídios no estado de Alagoas, em busca de informações sobre detalhes da cela onde Collor está encarcerado, mas não obteve retorno.
A SERIS se limitou a pontuar, na noite de sexta-feira (25) — dia que Collor chegou ao local — que a unidade prisional está se adequando para o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), juntamente com a divulgação de imagens da fachada do presídio, mas sem expor as celas do local.
Veja a nota na íntegra:
"O Governo do Estado de Alagoas informa que está tomando todas as providências necessárias para o cumprimento da decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no que diz respeito ao acolhimento do ex-presidente Fernando Collor de Mello no sistema de ressocialização estadual.
O Estado de Alagoas assegura que todas as determinações judiciais estão sendo rigorosamente observadas, incluindo as medidas voltadas à garantia da integridade física, da saúde e da vida do ex-presidente, em estrita observância à legislação vigente e aos princípios do Estado Democrático de Direito".