COP30

Belém acelera preparativos para COP30 e já concluiu 78% das obras

Cidade se prepara para receber 50 mil pessoas e transformar Belém no centro do debate climático global em novembro

Ao todo, os investimentos ultrapassam R$ 4,5 bilhões, oriundos dos cofres federais, estaduais e municipais -  (crédito: Fabíola Sinimbú - Agencia Brasil)
Ao todo, os investimentos ultrapassam R$ 4,5 bilhões, oriundos dos cofres federais, estaduais e municipais - (crédito: Fabíola Sinimbú - Agencia Brasil)

200 dias da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) no Pará, Belém corre contra o tempo para deixar tudo pronto para receber mais de 50 mil participantes de delegações internacionais em novembro. O Parque da Cidade, epicentro do evento, já está com 78% das estruturas finalizadas.

O local, onde antes funcionava o antigo aeroclube, está sendo transformado em uma área verde e moderna. Mais de duas mil mudas já foram plantadas e, até a conclusão das obras, a vegetação contará com cerca de 2,5 mil árvores. A área está integrada ao Centro de Convenções Hangar, reforçando a infraestrutura para o evento.

Ao todo, os investimentos ultrapassam R$ 4,5 bilhões, oriundos dos cofres federais, estaduais e municipais. As intervenções se dividem em 30 frentes de trabalho que abrangem mobilidade urbana, saneamento, conectividade e infraestrutura. Já são cinco mil empregos gerados diretamente e um impacto estimado para 900 mil moradores da região.

O Parque da Cidade será dividido em duas zonas estratégicas: a verde, voltada à participação da sociedade civil e responsabilidade do Brasil; e a azul, dedicada às negociações diplomáticas, sob coordenação direta da ONU. A etapa inicial da zona verde recebeu R$ 700 milhões em investimentos para cobrir os primeiros 230 mil metros quadrados. Um segundo aporte, de mesmo valor, será aplicado na conclusão da área restante, de 270 mil metros quadrados — cuja entrega ocorrerá somente após a conferência.

Acomodações

Belém também se prepara para uma verdadeira operação de acolhimento. Estão em construção três novos hotéis com mais de 500 leitos. Para suprir a demanda de hospedagem, será lançada em maio uma plataforma digital para aluguel de imóveis por temporada. Outra aposta criativa são os dois transatlânticos que servirão como hotéis flutuantes. Um acordo firmado entre a Casa Civil e a Embratur, no valor de R$ 263 milhões, viabilizará a operação — sendo R$ 30 milhões custeados pelo governo federal e o restante coberto com a venda das cabines.

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A infraestrutura também inclui obras de macrodrenagem, reforma de escolas que servirão como alojamentos temporários e a construção de um novo porto para atracação dos navios. A expectativa é garantir 50 mil leitos para acomodar os participantes — com um esforço conjunto para evitar abusos nos preços da rede hoteleira.

Com informações da Agência Brasil

 

postado em 25/04/2025 16:49 / atualizado em 25/04/2025 16:52
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